Um inquérito policial foi instaurado pelo delegado da Polícia Civil de Santa Catarina (PC/SC), Angelo Fragelli, para apurar a discussão envolvendo um empresário, vereador e secretários de Penha – ocorrida no último sábado, 13.
O delegando penhense afirmou que o trabalho parte pelo enquadramento criminal de “vias de fato, injúria, lesões corporais, ameaça”. Contudo, diante das várias versão tornadas públicas pelos envolvidos, a investigação também vai apurar vítima e autor.
“Soube a princípio por redes sociais. A posteriori pela realização de boletim de ocorrência. A questão de vítima e autor será mais bem esclarecida durante a investigação. Não se pode afirmar”, completou o delegado.
“A questão de vítima e autor será mais bem esclarecida durante a investigação. Não se pode afirmar”
ANGELO FRAGELLI
Ele pontuou que todos os envolvidos serão ouvidos: o empresário Cristiano Idalina (Kuhra Terraplanegam), o vereador Eduardo Bueno (Cidadania) e os secretário de Governo, Junior Mafra e a secretária de Administração e Finanças, Camila Luchtenberg estão na relação.
“Já temos rol de pessoas a serem ouvidas. Serão intimadas e devem prestar depoimento nessa e na próxima semana. O inquérito deve ser concluído em no máximo dois meses”, concluiu o delegado.
A DISCUSSÃO
No sábado, 13, o empresário afixou uma faixa sobre a rua Angioletti João de Freitas, no bairro de Santa Lídia, cobrando do prefeito municipal o pagamento por serviços prestados por sua empresa para a Prefeitura. A dívida seria na ordem de R$ 500 mil. Os secretários tiveram conhecimento da situação e compareceram no local para realizar a retirada da faixa, momento em que a confusão começou.
O empresário alega que o secretário o ameaçou com uma arma de fogo e que foi agredido pela secretária. O vereador disse que passava de carro pelo local e que gravou a cena. Por conta disso, os secretários teriam tentado pegar seu celular e acabaram amassando seu automóvel. “Me ameaçaram, chutaram meu carro, puxaram facão e até me colocaram na mira da arma de fogo”, disse Bueno, que lavrou um boletim de ocorrência.
Junior Mafra, no entanto, afirma que Camila e ele foram ameaçados com uma barra de ferro e palavras ofensivas. Cita ainda que foram vítimas de uma armação. “O Khura veio com um cabo, não sei se era de madeira ou ferro, bem grande de dentro do carro dele e veio na minha direção falando que iria matar eu e a Camila. Veio desferindo golpes e continuando falando várias palavras de baixo calão ao mesmo tempo. Eu saí correndo para o meu carro para fugir. Graças a Deus filmei tudo quando vi os dois juntos quatro minutos antes do ocorrido, onde comprova a parceria dos dois. Já fiz o depoimento com as imagens, tenho várias testemunhas ao meu favor que viram tudo e desmentiram o que ele falou que terá que provar”, rebateu Junior, em versão endossada por Camila.