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segunda-feira 24 de março de 2025


Secretária de Saúde volta ao cargo depois de polêmica

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Depois da exoneração da secretária de Saúde, Eliana Bittencourt, pelas denúncias sobre o possível desvio de dinheiro no faturamento de horas/plantão na Fundação Hospitalar de Barra Velha, a funcionária voltou ao cargo. A própria administração municipal 24 horas depois de aceitar a exoneração da secretária, considerou que a secretaria da Saúde não tinha envolvimento nas suspeitas dos excessos de horas extras faturadas através da Fundação, cujo responsável é o diretor Alzerino de Souza, que no momento está de férias.
O próprio prefeito Samir Mattar revogou a exoneração no dia 13 de maio, entanto a secretária está no momento de licença médica.
As denúncias pelo pagamento de horas/plantão extras excessivas por parte da Fundação seguem sendo investigadas pelo Ministério Público estadual e vinculam ao doutor Alessandro de Oliveira Moura, médico do posto do Programa de Saúde de Estratégia da Família do município e contratado da Fundação Hospitalar, que teria feito uma média de 515 horas extras por mês, de janeiro a abril. De acordo com as investigações da Procuradoria de Justiça ele teria que ter trabalhado mais de 24 horas por dia para cumprir a jornada registrada da folha de pagamento.
“Não tenho nada a ver com os problemas da Fundação Hospitalar. O doutor Alessandro continua trabalhando normalmente no posto de saúde do bairro São Cristóvão. Ele é um excelente médico”, destacou a secretária Eliana.
Já o doutor Alessandro informou na segunda-feira ao JC que iria a se apresentar espontaneamente no Ministério Público para prestar esclarecimentos. Também apresentou um manifesto para imprensa expressando seu espanto pela colocação do seu nome em situações de irregularidades. “Sou médico há mais de quatro anos deste Estado e do Rio Grande do Sul e minha atividade sempre foi norteada pelos mais rígidos preceitos ético-profissionais”, enfatizou e informou que demais depoimentos somente seriam prestados à Justiça através dos seus advogados.
Fontes do JC destacaram que o doutor Alessandro não teria conhecimento sobre o relatório de horas/plantão pago pela Fundação.
Um processo administrativo aberto pela Prefeitura para apurar o caso deve levar de 30 a 45 dias para ser concluído, segundo explicou o procurador jurídico da Prefeitura Eurides dos Santos. O Ministério Público continua investigando o caso e deve pedir auditoria do Tribunal de Contas do Estado na Fundação Hospitalar para esclarecer dúvidas.
Em função das férias do diretor da Fundação Hospitar, Alzerino de Souza, Eurides diz ter assumido temporariamente a direção da Fundação Hospitalar por ordem do prefeito.
 

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