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segunda-feira 12 de maio de 2025


Central de Triagem de Dengue é aberta pela Secretaria de Saúde de Penha

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A Secretaria de Saúde de Penha anunciou a criação da Central de Triagem de Dengue. Instalada na sede da Colônia dos Pescadores, o local funcionará todos os dias, das 7h às 19h, com atendimento a pessoas com sintomas da doença, ofertando diagnóstico, testes rápidos, hidratação e tratamento. Até o momento, quase 500 moradores já contraíram a doença transmitida pelo Aedes Aegypti.

“Iremos oferecer esses medicamentos que são os indicados para casos da dengue. Caso seja indicado outro medicamento ao paciente que seja morador de Penha, ele precisará procurar a Farmácia Municipal. Lembrando que a Central é apenas para sintomas de dengue, caso esteja com sintomas de Covid-19, por exemplo, pode procurar a Unidade Básica de Saúde do seu bairro”, frisa o secretário de Saúde, Rodrigo Medeiros.

“Lembrando que a Central é apenas para sintomas de dengue, caso esteja com sintomas de Covid-19, por exemplo, pode procurar a Unidade Básica de Saúde do seu bairro”

RODRIGO MEDEIROS

Uma equipe com enfermeiros, técnicos de enfermagem, médico e agente endêmico estará à disposição da população. O local – que fica na Avenida São João, 140, Armação –também possui um espaço kids para os pacientes que estiverem com criança.

A decisão de criar a Central de Triagem vai ao encontro dos números de casos e suspeitos: são 497 penhenses já diagnosticados com a doença e outras 1.700 suspeitas. “Estamos abrindo o novo local para proporcionar um atendimento específico para dengue, uma vez que os casos estão em crescimento considerável no nosso município e em todo o Estado. O objetivo também é diminuir a demanda do Pronto Atendimento, que apenas em quatro dias de março, teve mais de 3 mil atendimentos”, pontua o prefeito de Penha, Aquiles da Costa.

Desde o mês passado, a cidade está em situação de emergência em decorrência da infestação do Aedes.

COMO A CENTRAL VAI FUNCIONAR?
A responsável técnica dos médicos do P.A 24h, a doutora Ana Carolina Rodrigues Duarte, explica como irá funcionar a triagem dos pacientes na Central da Dengue. A classificação se dará em quatro tipos: pacientes A, B, C e D.

“Os pacientes do nível A são aqueles que estão consideravelmente bem, ainda no início da doença, mas que precisam de hidratação sorológica. Os pacientes B, têm os mesmos sintomas, porém, têm alguma comorbidade, o que nos faz ficar em alerta e atentos com qualquer evolução da doença”, pontua.

Ana explica que os pacientes C e D são aqueles com sintomas mais alarmantes. “Esses são aqueles que estarão com sintomas mais graves, como hemorragia, dor abdominal, febre e vômitos, e serão encaminhados ao Pronto Atendimento para um tratamento específico”, finaliza.

SINTOMAS, TRATAMENTO E SINAIS DE ALERTA
Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.

 No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados por dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural e/ou lipotimia, letargia e/ou irritabilidade, aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia),  sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito.

O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar: repouso, ingestão de líquidos, não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme e retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.

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