A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) voltou a suspender a retirada, comercialização e consumo de mariscos e ostras produzidos em Penha. Um novo relatório foi publicado na sexta-feira, 13, diante da constatação laboratorial da presença da toxina ácido ocadaico.
“A ficotoxina ácido ocadaico é produzida por microalgas e, ao se alimentarem, os moluscos acumulam a toxina em suas glândulas digestivas. Vale ressaltar que nos moluscos esta toxina não causa nenhum dano, no entanto, os seres humanos ao consumirem os animais contendo a toxina podem vir a apresentar sintomas como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia”, cia nota da Cidasc.
A Cidasc também reforça que a “população também não deve consumir moluscos bivalves retirados de bancos naturais, incluindo os costões, parcéis e beira de praia”. A medida é necessária para preservar a saúde dos consumidores, pois as novas análises indicam que ainda há níveis altos da toxina ácido ocadaico nestes animais.
O médico-veterinário, Pedro Sesterhenn, responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e Abelhas na Cidasc, lembra que a proliferação de algas é um processo natural. A ficotoxina ácido ocadaico é produzida por microalgas e, ao se alimentarem, os moluscos acumulam a toxina em suas glândulas digestivas.
A Cidasc mantém o monitoramento semanalmente e assim que a repetição das análises apontar modificação no quadro, a retirada dos moluscos bivalves poderá ser retomada. Estes animais filtram a água e neste processo, havendo redução na concentração de algas no mar, expelem naturalmente a toxina.
O oceanógrafo com mestrado e doutorado em aquicultura, o professor da Univali reforçou sobre a importância do trabalho de monitoramento. “Isso comprova que os moluscos cultivados em Santa Catarina são monitorados, garantindo assim uma segurança para os consumidores”, enalteceu.