O prefeito de Balneário Piçarras, Umberto Luiz Teixeira, solicitou recursos para depositar areia na Praia Central. Já Evandro Eredes dos Navegantes, prefeito de Penha, pautou sua solicitação financeira na retirada do mesmo material do leito do Rio Iriri. Esses foram os pedidos dos prefeitos feitos ao chefe interino da Secretaria de Relações Institucionais do Governo Federal, Luiz Azevedo, em visita nos dois municípios, no final do último mês.
Os projetos para realização das recuperações devem ser entregues em Brasília dentro dos próximos dias, por ambos os municípios. O analista de projetos do Ministério da Integração, Ronny Peixoto, estudou a situação do leito e da ponte na Avenida Nereu Ramos. “As Prefeituras devem agilizar os projetos e o trâmite de protocolização. Isso vai ajudar para que os recursos sejam liberados com maior rapidez”, pediu o técnico, com o aval de Azevedo.
Penha
Azevedo passou primeiro no município de Penha. Acompanhado de sua equipe técnica, verificou o estado calamitoso que os pescadores enfrentam diariamente para se lançarem ao mar. Evandro mostrou as obras emergênciais que foram sendo realizadas, mas pediu recursos para dragar toda a extensão do leito, construir um novo molhe, uma nova ponte na Avenida Nereu Ramos e urbanizar as margens. No total, a Prefeitura pediu R$ 2.150 milhões.
De acordo com o secretario de Planejamento, Reginaldo Waltrick, um técnico foi contratado para concluir o projeto de desassoreamento do Rio Iriri, enquanto a equipe municipal trabalha no urbanismo e os técnicos da Amfri formalizem o projeto da nova ponte. “Até a próxima semana tudo deve estar concluído”, frisou.
“Os relatos dos pescadores são a mais pura verdade da situação do Iriri. Ele está inavegável e eles vêm contabilizando prejuízos diariamente”, salienta Evandro. O prefeito disse que deve levar pessoalmente os projetos até a capital Federal para agilizar o processo.
Balneário Piçarras
Umberto também disse que deve apresentar o projeto técnico para recuperação da orla central da cidade dentro dos próximos dias. O Governo Municipal calcula que sejam necessários R$ 7,2 milhões para executar um novo aterro hidráulico para repor a faixa de areia levada pela fúria do mar.
De acordo com Teixeira, o objetivo é realizar um novo aterro hidráulico nos moldes da obra que trouxe de volta a areia entre 1999 e 2000. O avanço do mar sobre a orla central vem preocupando a comunidade, que já vivenciou, na década de 90, os efeitos devastadores do fenômeno.
Esse não é o primeiro pedido de recursos federais para realizar a obra. O primeiro pedido de recursos junto ao Governo Federal aconteceu em junho de 2009, no Ministério da Integração Nacional. Esse ano, mais duas propostas do mesmo valor foram protocoladas em dois programas diferentes do Fundo Nacional da Defesa Civil. Um deles, protocolado em janeiro e outro, em março.
Foto por: Felipe Bieging | JC