A Prefeitura Municipal organizou há algumas semanas uma reunião fechada, num domingo no final da tarde, com os moradores da Rua Armando Petrelli, localizada entre o mar e a lagoa para solicitar a contribuição dos munícipes na construção dos molhes de contenção da Praia da Península, que sobre durante o inverno com as ressacas.
De acordo com a versão de moradores que não quiseram se identificar, o encontro foi presidido pelo prefeito Samir Mattar e o procurador jurídico Eurides dos Santos, que apresentaram o projeto para a construção de dois molhes de pedras que poderão resolver o drama das ressacas que interditam a rua e colocam em risco as moradias localizadas de frente para o mar.
Para a construção do molhe, a administração solicitou que cada morador pagasse, em termos de contribuição de melhorias, R$ 4 mil, que iriam para uma conta na Caixa Econômica Federal destinada a arrecadar fundos para a obra.
“Existem vizinhos que já pagaram, mas nem todo o mundo tem o dinheiro nem foi dado um prazo para a execução da obra. Esta rua desde o começo da obra da boca da barra é intransitável e nem recebeu manutenção para, pelo menos, permitir que as pessoas pudessem passar de carro sem destruir os veículos”, disse uma moradora da Armando Petrelli.
De acordo com as versões dadas da reunião, a obra começaria assim que a obra da boca da barra estiver finalizada. Já a fixação e dragagem da boca da barra permanece suspensa na procura de verbas para dar continuidade as obras de finalização do segundo molhe de pedra.
O procurador Eurides dos Santos explicou que o projeto dos molhes somente poderá ser executado com o apoio dos moradores da rua já que está muito difícil em Brasília solicitar verbas para áreas de risco próximas do mar. “Estão acontecendo muitas inundações no país e não está fácil conseguir verbas deste tipo. Existem casos muito piores no Brasil”, explicou o procurador. De acordo com Eurides, no mínimo 70% dos moradores da rua deverão contribuir para poder executar a obra que já foi licitada e tem como ganhador a empresa Balt.
Já o custo da fixação dos molhes de pedra da boca da barra está sendo pago com fundos da administração municipal, diante da falta de recursos federais para finalizar as obras. Eurides viajou várias vezes até Brasília para tentar agilizar o repasse de verbas, porém ainda o Governo continua sem atender o município. “Estamos pagando as obras de conclusão do segundo molhe com recursos próprios. Barra Velha não vai ficar em mãos de oposicionistas. Vamos honrar nosso compromisso com o povo”, finalizou o procurador.