As obras de reconstrução do trecho de 150 metros da orla norte da praia de Balneário Piçarras começaram. Ao todo, serão 1.000 bags (sacos) de areia, que pesam cerca de duas toneladas cada um, colocados em um trecho de 250 metros – cem metros a mais em relação ao trecho destruído pela ressaca dos dias 20 e 21 de julho.
A aquisição do material foi realizada com recursos do Fundo de Manutenção da Praia (FUMPRA), ao custo de R$ 10.450,00, informou a Prefeitura. A Secretaria de Obras esperou a maré se estabilizar para realizar a colocação dos sacos de areia, que possuem o objetivo de amenizar o impacto de futuras ressacas.
“Os bags irão atuar como uma proteção emergencial, diminuindo a energia das ondas, protegendo a infraestrutura e oferecendo tempo para que a praia possa recuperar seu estado natural. É uma medida de emergência, junto a recomposição de parte da berma da praia”, explicou a engenheira e especialista em áreas costeiras, Daysi Nass dos Santos.
O prefeito, Leonel Martins (PSDB), frisou que além dos sacos de areia, o local também deverá receber um complemento de areia. “Iremos fazer a reconstrução desse pequeno trecho destruído e utilizar bags (sacos) de areia para amenizar efeitos de ressacas, diminuindo sua potência junto à costa. Já observamos também a necessidade de complementar o local com areia, o que já está sendo estudado”, frisou.
Após a colocação dos sacos de areia, inicia-se a reparação do local atingido com a reconstrução dos decks de madeira. Não há previsão para o término da obra, observando a instabilidade climática pontuada pela Defesa Civil.
AMPLIAÇÃO DOS MOLHES
Para o prefeito, as obras para diminuir o efeito de ressacas são essenciais. “Já temos um estudo que comprova a necessidade da ampliação dos molhes e a colocação de um determinado volume de areia na parte central. Vamos incluir o trecho atingido por observação da nossa equipe de engenharia e pontuar outras medidas, caso seja necessário. Não podemos apenas colocar areia e não ter uma garantia técnica”, afirmou.
COMO É FORMADO O FUMPRA
O FUMPRA é constituído por três fontes de recursos: 33% da arrecadação do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), 3% do valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e 20% da cobrança da Dívida Ativa. Instituído em 2001, o Fundo foi alterado em 2011, quando suas alíquotas formadas foram ampliadas e acabaram elevando consideravelmente os repasses municipais obrigatórios.