Meirisson de Moura foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Débora Custódio Arruda (56 anos) – crime cometido em 6 de maio de 2022. O júri popular aconteceu ao longo desta terça-feira, 21, momento em que os outros dois réus, Gabriel Franchak de Nigris e Adriano Maciel, foram inocentados pelo conselho de sentença.
Sua pena inicial foi imposta em 18 anos de reclusão. Por ter confessado espontaneamente o crime, sua pena foi reduzida em três anos. Meirisson confessou o crime a um pastor, que o levou à Polícia Civil para depoimento e prisão. O corpo de Débora foi localizado dois meses depois – uma vez que o acusado afirmou não se lembrar do local exato da desova.
Os defensores de Gabriel (o advogado Eduardo Antunes Córdova) e de Adriano (Samantha de Andrade) conseguiram demonstrar que os dois não participaram do crime – apesar de estarem dentro do automóvel da vítima. O primeiro depoimento de Meirisson foi essencial para a tese dos defensores. Na ocasião, ele confessou ter cometido sozinho o crime.
Meirisson foi acusado pelo crime de homicídio qualificado, com agravante mediante à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Presente na sessão de julgamento, o acusado foi levado ao Complexo Prisional do Vale do Itajaí, no bairro de Canhanduba.
A promotora de justiça, Ana Laura Peronio Omizzolo, almejava a condenação do trio por latrocínio, tese não acatada pelo juiz da 2ª Vara, Luiz Carlos Vailati Junior. Com isso, eles iniciaram o julgamento respondendo por homicídio qualificado. Luiz Carlos leu a sentença diante da presença de familiares de Débora, em especial do filho. Cabe recurso.
O CRIME
Débora foi assassinada em 6 de maio de 2022 após se envolver com o trio, em Balneário Piçarras. Os quatro estavam alcoolizados no momento inicial do contato. Segundo o julgamento, Meirisson a asfixiou enquanto dirigia e jogou o corpo em uma região de Joinville. A versão inicial do acusado é de que Gabriel e Adriano já haviam deixado o carro antes do crime.
Após o crime, ele buscou auxílio em uma clínica de reabilitação de dependentes químicos na cidade de Guaratuba, no Paraná. Semanas depois, arrependido, buscou auxílio de um pastor para confessar o crime e se entregar à Polícia Civil – que inicialmente não sabia que a desaparecida Débora era a vítima.