Os moradores que ladeiam a Rodovia SC-414, popularmente conhecida por Variante, clamam pela própria segurança. De um lado do asfalto, casas. Do outro, mercados, escolas e um problema: a travessia. Mais de duzentas assinaturas formam um abaixo assinado encaminhado ao Legislativo de Balneário Piçarras e que pede apenas a manutenção da vida. Elas querem a construção de lombadas no trecho entre o Cemitério Municipal e uma casa de shows.
“Você pode escutar… ouça como os carros passam em alta velocidade. Semana passada presenciei um atropelamento, que por muita sorte, não acabou em morte”, lembra Reinaldo José Hock, morador e idealizador do abaixo assinado. Segundo Reinaldo, a instalação de lombadas é a solução mais correta para que os motoristas trafeguem pelo local em menor velocidade.
“Apesar de ser uma rodovia, isso aqui deve ser tratado como perímetro urbano. Todos os dias precisamos atravessar a rodovia para ir ao mercado e crianças à escola”, afirma Reinaldo. Testemunha ocular de vários acidentes no trecho, Reinaldo coletou as assinaturas dos moradores pedindo a construção de lombadas. “Primeiro veio um vereador de Penha, que não lembro o nome, e pediu pra fazer o documento. Colhi mais de mil, mas ele nunca mais voltou”, lembra, frisando que o descaso com a questão também é local.
Na terça-feira, 14, Flávio Tironi (DEM), defendeu um requerimento durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Balneário Piçarras. O documento pede ao Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) a construção de lombadas na SC-414, precisamente entre o Cemitério e a casa de shows. “Podem ser lombadas tradicionais ou até lombadas eletrônicas. Mas a única coisa certa é de que do jeito que está não pode mais ficar”, argumenta Tironi, revelando possuir o abaixo assinado com os duzentos nomes.
O documento ganhou a aceitação de todos os vereadores e o Deinfra será notificado. O órgão tem um prazo de 15 dias para responder. Entretanto, o pedido não é de agora. Desde 2002, outros vereadores apresentaram requerimentos com o mesmo objetivo. “Ontemà noite (terça-feira, 14), um motorista precisou frear por vários metros para evitar um acidente”, conta Reinaldo. “É uma situação que se arrasta há anos. É a segurança da comunidade que está em jogo”, finaliza.
Foto por: Felipe Bieging