Informações publicadas por um colunista político em um jornal regional repercutiram negativamente para a imagem do Poder Legislativo de Balneário Piçarras. Os comentários dão conta que a Câmara de Vereadores estaria realizando compras irregulares de produtos alimentícios e utilizando o veículo oficial para resolver problemas pessoais. A denúncia não está embasada e nenhum documento que comprove as acusações. O presidente, Oscar Francisco Pedroso (PMDB), nega todas as acusações e coloca os balancetes da Câmara à disposição de todos.
De acordo com o colunista JC, do Diário do Litoral – popular Diarinho – a Câmara de Vereadores estaria comprando carne e bebidas para realização de festas particulares, solicitando ainda, a descrição de produtos de limpeza na nota fiscal da compra. O articulista atribuiu à uma ex-funcionária da Câmara a autoria das denúncias, revelando ainda com o linguajar tradicional, que os comentários surgiram pelos ‘linguarudos’ de plantão. “É pura calúnia e difamação, sem fundamento algum”, defende-se Pedroso.
Na sessão de terça-feira, 27, Pedroso utilizou a tribuna da Câmara para desmentir as denúncias e salientar o respeito do Legislativo com o dinheiro público. “Deixo os balanços financeiros da Câmara à disposição de todos. Não temos nada a esconder e se alguém fez essas compras, foi essa funcionária, pois era ela quem fazia as compras no Supermercado”, argumenta. O atual Legislativo não possui o costume de afixar no mural da Casa os balancetes. “Não vejo necessidade. Apenas envio os relatórios para a Controladoria da Prefeitura e para o Tribunal de Contas do Estado”, completa.
Explicando as compras, Pedroso revela que, no ano passado, gastou cerca de R$ 680 ao mês com produtos de limpeza, alimentos para manutenção das atividades e água. “Pra você ter uma ideia, a festa de primeiro de maio será paga por cada vereador. Eu ainda vou arcar com o custo da carne, que irei comprar em São João do Itaperiú”, ratifica Pedroso, garantindo que não houve compras com o dinheiro do repasse da Câmara para festas particulares. “Ela está falando tudo isso porque foi demitida por faltar com respeito aos funcionários desta Casa”, rebate.
Por fim, JC transcreve que o veículo oficial estaria realizando viagens para resolver questões particulares de alguns funcionários da Câmara. “Tenho anos de Câmara e não iria me sujar com algo tão pequeno”, cita ao negar a utilização incorreta do veículo. As denúncias foram publicadas na quinta-feira, 22, na página 2 do Diarinho.
Em tribuna, Pedroso revelou que a ex-funcionária responderia na Justiça pelas denúncias. Talvez levado pelo calor do momento, o presidente assegurou que iria dar início a um processo judicial alegando calúnia e difamação. No entanto, a reportagem do Jornal do Comércio conversou com Pedroso na tarde de quinta-feira, 29, que já se mostrou mais pacífico quanto a decisão que irá tomar. “Não sei se realmente irei processá-la. Talvez mande um dos meus assessores conversar com ela”, pondera. A reportagem procurou a ex-funcionária durante toda a semana, mas não conseguiu encontrá-la.