Luiz Alves busca pesquisadores para desenvolver produto biológico contra o maruim

Diante do decreto de Situação de Emergência devido à situação endêmica por conta da infestação de maruim, o prefeito de Luiz Alves, Marcos Pedro Veber (PSDB), afirmou que o município vem buscando pesquisadores especializados para firmar parcerias e desenvolver alguma metodologia voltada a minimizar a situação. O decreto publicado no dia 27 de março e tem validade de um ano.

“Estamos buscando pesquisadores especializados para firmar parcerias e desenvolver alguma metodologia que auxilie a devolver a convivência, o bem-estar e a qualidade de vida da população luizalvense, que atualmente está fortemente afetada, pois as pessoas diminuíram muito suas atividades ao ar livre, além das crianças em nossas escolas, que estão ficando cada vez mais apenas em sala de aula, sem poder aproveitar o espaço externo das unidades escolares”, detalhou o gestor.

Marcos Pedro citou que o município atua com a intensão de produzir um produto biológico, em especial para que não cause desiquilíbrios na cadeia natural. “Não existe um produto pronto, seja químico ou biológico. Nós vamos optar prioritariamente por desenvolver um produto biológico para aplicação nos locais estratégicos, afinal, um produto químico pode comprometer outras espécies da cadeia animal, podendo causar outros desequilíbrios. Ainda estamos estudando as possibilidades, mas a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente já está atuando nessas contratações”, reforçou.

“Convivemos com o maruim há muitos anos, mas, excepcionalmente nesses últimos meses, a situação tem se intensificado cada vez mais”

MARCOS PEDRO VEBER

A preocupação com o inseto ganhou vertentes profundas diante de seu aparecimento também nas áreas urbanas de Luiz Ales. “Convivemos com o maruim há muitos anos, mas, excepcionalmente nesses últimos meses, a situação tem se intensificado cada vez mais, atrapalhando o dia a dia de toda população, principalmente nas áreas rurais, onde o inseto é mais comum. Mas, já temos notado a presença do maruim nas áreas urbanas, ou seja, ele está se adaptando a outras condições e proliferando em todos os bairros”, frisou o prefeito.

Nesta quinta-feira, 4, o prefeito esteve na sede da Secretaria de Estadi da Saúde para uma reunião com a equipe de Vigilância Epidemiológica. “O decreto da situação de emergência, devido a situação endêmica que estamos vivendo, é uma medida administrativa para podermos avançar e buscar uma solução, que vale lembrar, ainda não existe. Além disso, também estamos em constante conversa com o Governo do Estado, afinal, não só Luiz Alves, mas diversos Municípios da região vêm sofrendo com o mesmo problema”, encerrou Marcos Pedro.

Apesar de inexistir o registro de doenças relacionadas ao maruim no estado, o animal é capaz de transmitir doença chamada de “Febre de Oropouche”. Contudo, há diversas espécies do inseto no Brasil. A espécie capaz de transmitir a doença é a “Culicoides paraenses”, mais comum na Amazônia. Os sintomas são parecidos ao da dengue. Mas, num contexto mais amplo, uma picada do maruim causa hematomas e, em algumas pessoas alérgicas, pode causar reações mais intensas, como inchaço e vermelhidão e urticária.