O engenheiro ambiental, Marcelo Mauri da Cunha, foi nomeado como secretário de Planejamento de Barra Velha. Essa é a terceira mudança promovida pelo prefeito interino, Daniel Pontes (PSD), no alto escalão do Governo Municipal.
Marcelo já esteve como secretário de Planejamento e de Desenvolvimento Econômico na gestão do ex-prefeito, Valter Zimmermann (2016/2019). Ele substitui, Elvis Füchter, preso desde o dia 24 na “Operação Travessia”.
Na semana passada, Daniel também oficializou a nomeação de Rafael Henrique dos Santos (procurador geral) e Fábio Roberto Brugnago (secretário de Administração) – ambos advogados.
Rafael substitui Sheila Jaqueline da Costa Scherer, exonerada no dia 29. Já Fábio entra no lugar de Patrícia Malinski, que havia sido nomeada pelo prefeito afastado, Douglas da Costa (PL), no dia 25.
Fábio também responderá cumulativamente pela Secretaria de Finanças. Já Patrícia foi realocada na gestão como Diretora de Patrimônio.
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As mudanças decorrem da ‘Operação Travessia’, desencadeada no último dia 24 pelos grupos especiais do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e que resultaram na prisão preventiva de Douglas e dos então secretários de Planejamento Urbano, Elvis Füchter, de Administração e Finanças, Mauro Silva, do engenheiro civil Osni Paulo Testoni e o diretor de Patrimônio da Prefeitura, Osmar Firmo.
Além da prisão, o desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), José Everaldo Silva – que autorizou as prisões preventivas – determinou a suspensão de Douglas do cargo de prefeito de Barra Velha pelo prazo de 180 dias. O vice-presidente, Eduardo Peres (Republicanos), renunciou e o presidente da Câmara tomou posse.
Três empresários da TEC – Técnica de Engenharia Catarinense e J.A.S Construtora foram detidos. Os agentes públicos foram enviados para o Complexo Prisional Vale do Itajaí, no bairro de Canhanduba. Já os três empresários foram levados para o Presídio de Joinville.
Além dos mandados de prisão, outros 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos grupos especiais do MPSC, o Gaeco e Geac, em investigação pela suspeita dos crimes de organização criminosa, corrupção e fraudes em licitações de obras públicas – estrategicamente na obra de construção da ponte sobre o Rio Itajuba. As investigações tiveram início em fevereiro de 2023.