O prefeito de Barra Velha, Douglas Elias da Costa (PL), está entre os presos preventivamente da “Operação Travessia”, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 24, pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e que investiga a suspeita de corrupção e fraudes em licitações de obras públicas. Dois secretários também foram detidos. Todos serão ouvidos nas audiências de custódia à partir das 14h.
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Os secretários de Planejamento Urbano, Elvis Füchter, e o de Administração e Finanças, Mauro Silva, também foram presos preventivamente. Eles estão, acompanhados de seus advogados, no Fórum da Comarca de Barra Velha. Conforme apurou o Jornal do Comércio, eles passarão pela audiência de custódia a partir das 14h, quando serão ouvidos individualmente pelo juiz e promotor.
O advogado de Douglas e Elvis, Wilson Pereira Junior, foi procurado pela reportagem e disse que “como ainda não tivemos acesso aos autos, e em razão de se tratar de segredo de justiça, infelizmente não temos muito o que comentar. Apenas ressaltar que os investigados colaboraram com todos os procedimentos realizados pela equipe da operação, muito educada, por sinal, e estão sempre dispostos a esclarecer tudo o que for necessário”. Mauro tem como representante o advogado Ricardo Wippel. Ele pontuou que o “processo está em segredo de justiça” e que por isso vai se “manifestar no momento oportuno”. Outros cinco mandados de prisão foram cumpridos pelos investigadores.
Na audiência de custódia, que é um ato do Direito processual penal, os detidos as questões legais das prisões serão analisadas.
As investigações tiveram início em fevereiro de 2023. O MPSC disse que as elas “apontam supostos crimes de corrupção, com participação de agentes públicos e empresários, na execução de obras públicas. Em contrapartida, é investigado o recebimento pelos agentes públicos de vantagens indevidas dos empresários contratados, às custas de aditivos em série e medições supervalorizadas”. O nome da operação está ligada à obra da ponte sobre o Rio Itajuba.
Além dos mandados de prisão, outros 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos grupos especiais do MPSC em investigação pela suspeita dos crimes de organização criminosa, corrupção e fraudes em licitações de obras públicas. Mandados também foram cumpridos em Joinville. O processo corre inicialmente em segredo de justiça.
O MPSC reforçou que a “investigação ainda corre em segredo de justiça, por determinação legal, mas, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas”.
Os fatos são investigados em procedimento investigatório criminal (PIC) em trâmite na Subprocuradoria Geral para Assuntos Jurídicos do MPSC, com apoio do Grupo Especial Anticorrupção (Geac), do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Promotoria de Justiça da Comarca. A deflagração contou com o apoio da Polícia Científica. As equipes chegaram por volta das 6h30 ao prédio da Prefeitura.
PREFEITURA SE MANIFESTA
Em nota oficial a Procuradoria Jurídica da Prefeitura afirmou que a “acompanhou as buscas na sede da prefeitura, está colaborando para todos os fatos sejam apurados da forma mais célere possível, valendo esclarecer. E informa ainda, que não teve acesso aos autos do processo”.
PIERRE COMENTA ÁUDIOS FALSOS
Áudios disparados em grupos de WhatsApp também citavam o nome do ex-presidente da Fundação de Turismo, Cultura e Esporte (Fumtec), Pierre Costa, como um dos detidos. A reportagem conversou com ele às 12h50. “Muitos me mandaram mensagem me questionando. Mas, afirmo que não sou alvo dessa operação do Ministério Público. Estou colhendo provas para ingressar com um processo contra os autores desses áudios”, disse.
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